Não existe amor incondicional. Não se iluda. Nem tampouco minta. Nem para si, nem para outrem. Simplesmente não existe amor incondicional. Pelo menos depois de uma certa idade.
Não, amor de mãe não é incondicional. Amar incondicionalmente é amar sem impor condições e isto, nem mesmo as mães conseguem. Sim, elas têm um amor imenso e profundo, mas também têm suas exigências. Querem, ao menos, reciprocidade e reconhecimento.
Talvez você esteja pensando "ah! Ela não é mãe por isso fala assim", e eu te respondo "sim, sou mãe". "Então é uma péssima mãe", e continuo "já vivi alguns bons momentos de sofrimento, de renúncia e "sacrifícios" (entre aspas porque não gosto deste termo usado no senso comum) em prol da maternagem que acredito: ativa e participativa.
Na minha opinião, o único amor mais próximo do incondicional é o amor das crianças para com seus pais. Até uma certa idade. Os pais brigam, gritam, alguns até batem, perdem a paciência por bobagens e descontam todo o peso de suas preocupações na criança e ela simplesmente perdoa, releva, ama com se nada houvesse.
Creio que isto se dê enquanto você pega a criança no colo ou pela mão e ela te segue sem questionar. Depois isto passa e então começam as "birras" (outra vez um termo que não gosto), mostrando sua insatisfação. Até então experimentamos um nível de confiança que depois nenhum ser humano é capaz de sentir. E talvez nenhum animal.
Agora, talvez, você tenha lembrado do abnegado amor dos bichinhos de estimação. Mas não, não é incondicional. Você o recebe em troca do carinho e do alimento.
Se nem mães, crianças e bichinhos sentem este amor incondicional, imagine em outras relações!
A esta altura você deve achar que sou pessimista em relação ao amor e digo que não. Na verdade, só quero refletir que não há mal algum em se amar condicionalmente. Fazemos isto o tempo todo e isso é bom.
Ruim é quando só um lado cede, quando não há contrapartida na relação (de qual esfera for).
Vamos refletir e dialogar mais com as pessoas. Dizer o que podemos dar, até onde podemos ir e o que esperamos em troca.
A frustração vem das expectativas que geramos em relação às pessoas, mas que não são supridas. Ou porque não podem, não querem ou porque não sabem.
No amor é preciso ceder e cobrar. O equilíbrio é o caminho.
Para finalizar, quero dizer que não esqueci do amor de Deus (para aqueles que acreditam), mas entraria num assunto polêmico e objetivo aqui é apenas refletir. Porém se quer ainda assim abordar este assunto, neste caso, basta pensar nas dificuldades que o destino nos impõem dia-a-dia. ;)
quinta-feira, 5 de maio de 2016
Primeiros vôos
Criei este blog para deixar registrado de modo mais organizado o desafio #100happydays. Foi um exercício interessante, afinal tem certos dias em que coisas ruins acontecem e dificilmente conseguimos enxergar algo de bom. O desafio serviu para este propósito.
Tive dias ruins, mas findo o desafio, tive dias piores, dias de horror. Descobri que meu filho tinha um tumor no cérebro.
Vivi momentos de terror assombrada pelo medo de perder meu filho, vê-lo com alguma sequela da cirurgia ou amargar um longo e doloroso tratamento.
Por sorte, nenhum temor meu se concretizou. Ele fez a cirurgia e correu tudo bem e, por hora, é só acompanhar com exames de imagem. E espero que seja só isso mesmo.
Foi uma oportunidade de repensar valores, desfazer mágoas e evoluir.
Depois desta tormenta, tenho tentado recolocar no lugar (ou num novo lugar) os tijolos que a tempestade levou ao chão.
De uns tempos para cá venho refletindo sobre temas com desejo de compartilhar... Mas alguns se foram por preguiça ou falta de tempo, mas hoje resolvi registrar.
Que fique claro que nada há de verdade absoluta e imutável. Há apenas alguém em constante transformação. :)
Tive dias ruins, mas findo o desafio, tive dias piores, dias de horror. Descobri que meu filho tinha um tumor no cérebro.
Vivi momentos de terror assombrada pelo medo de perder meu filho, vê-lo com alguma sequela da cirurgia ou amargar um longo e doloroso tratamento.
Por sorte, nenhum temor meu se concretizou. Ele fez a cirurgia e correu tudo bem e, por hora, é só acompanhar com exames de imagem. E espero que seja só isso mesmo.
Foi uma oportunidade de repensar valores, desfazer mágoas e evoluir.
Depois desta tormenta, tenho tentado recolocar no lugar (ou num novo lugar) os tijolos que a tempestade levou ao chão.
De uns tempos para cá venho refletindo sobre temas com desejo de compartilhar... Mas alguns se foram por preguiça ou falta de tempo, mas hoje resolvi registrar.
Que fique claro que nada há de verdade absoluta e imutável. Há apenas alguém em constante transformação. :)
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